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PUBLICAÇÕES DO FACEBOOK 

VÍRUS É UM SER VIVO! 
HÁ CONTROVÉRSIAS!

24/03/2020


O vírus possui apenas o material genético (no coronavírus o RNA), um capsídeo (camada proteica que envolve o RNA) e em alguns vírus, um envelope externo (com glicoproteínas com várias funções,ex: ancorar o vírus em receptores da membrana da célula). O vírus, uma partícula microscópica visível ao microscópio eletrônico, se multiplica em partes, sendo o material genético o primeiro a se replicar. O sistema de replicação do vírus,diferente de outros organismos, é que permite as frequentes mutações nele.
Em 1960, O Nobel Manfred Eigen, descobriu ser possível a replicação de RNA in vitro, então o virus seria como uma super molécula primitiva (o RNA de Eigen)? Discussões se travaram. Surgiram teorias, entre elas a Teoria dos Elementos Subcelulares, na qual vírus teriam sua origem no RNA. Outra teoria sugeriu que teriam vindo de seres unicelulares de vida livre,e outros não o consideram ser vivo, porque precisa da célula infectada para sobreviver.
Sem elementos que possibilitam produzir enzimas, é um parasita intracelular obrigatório. O tropismo viral (ele tem anti-receptores que se ligam a receptores da célula), influencia no tipo de célula que vai infectar, e claro, do sistema orgânico que vai afetar.
O SARS-Covid-2 tem 80% do seu material genético igual ao da SARS 1(Síndrome respiratória aguda grave) dos anos 2002/2003 que começou agindo sobre células do sistema respiratório.
Hoje acredito ser de grande importante pesquisar a ação deste vírus sobre outros sistemas, como o sistema digestório e o urinário, por exemplo, o que contribuirá para avaliar sua ação nociva no organismo. (EM Correa-Gillieron,/20).

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MAIS UMA POSSÍVEL SOLUÇÃO  NA COVID 19

04/04/2020

A busca por soluções apenas começou, e surge mais uma arma. A Ivermectina, uma droga parasitária, um vermífugo, aprovada pela FDA para diversos parasitas e vermes, esta sendo testado como antiviral contra o SARS-CoV-2, como m mostrou um estudo in vitro, ainda não publicado oficialmente. Pelos resultados esta medicação, com uma única dose, poderia controlar a replicação viral dentro de 24 a 48h. O próximo passo é saber seu efeito em humanos acometidos. Reforça este estudo a ivermectina ter sido usada em recente ensaio clínico (em fase III) em doentes com dengue, na Tailândia, com bons resultados como uma dose única diária. Estudos em fase III são importantes como comparativos pois envolvem de 5 a 10 mil pacientes,e nela o voluntario recebe o novo tratamento, no caso a medicação, ou um placebo (simulação da medicação), e assim os resultados obtidos nesta fase podem levar ao registro e aprovação para uso comercial do tratamento pelas autoridades sanitárias.
Enfim, uma nova tentativa, uma nova esperança, um novo aprendizado! (EM Correa-Gillieron, 04/20).

Fonte/consulta: Caly, L., Druce, J.D., Catton, M.G., Jans, D.A., Wagstaff, K.M., The FDA approved Drug Ivermectin inhibits the replication of SARS-CoV-2 in vitro, Antiviral Research.

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SARS-COV2  X  GRUPOS SANGUÍNEOS

18/03/2020

Caros seguidores os dados do estudo chinês aqui relatado não devem ser regras ou normas na escolha de tratamentos e/ou cuidados com as pessoas aqui no Brasil. Estamos apenas reportando resultados preliminares da pesquisa chinesa, que mostram a luta por esclarecimentos na Covid-19. Certamente, pesquisas intensas estão sendo feitas no Brasil e os resultados, obviamente, não podem ser ainda avaliados (nota da autora). “Estudo preliminar de pesquisadores do Centro de Medicina Translacional e Baseada em Evidências, do Hospital Zhongnan da Universidade de Wuhan, liderado por Wang Xinghuan, relatou que indivíduos tipo sanguíneo A, se mostraram mais vulneráveis ao coronavirus (SARS-CoV-2 - patologia:Covid-19) do que àqueles com sangue tipo O (South China Morning Post, 17 de março/2020,IANS). A pesquisa analisou 2.173 pacientes com Covid-19, em grupos com diversas faixas etárias, e vindos de hospitais de Wuhan (capital de Heben - uma das províncias da China Central) e Shenzhen (importante cidade do Sul da China). Na análise de apenas 1 hospital de Wuhan, em 1.775 pacientes com Covid-19, 206 pacientes mortos (85%) eram do tipo A.Para Xinghuan, a superioridade da doença no tipo A, aponta para cuidados e tratamentos mais severos neste caso, e sugere que a tipagem ABO poderia ser introduzida como rotina, para pacientes e equipes de saúde, auxiliando assim no gerenciamento desta pandemia. Já os dados considerando idade e sexo (de 1888 pacientes contaminados), não mostraram efeitos significativos sobre os dados do sistema ABO. Os diferentes tipos sanguíneos (A, B, AB, O) formam o grupo ABO, e foram determinados pelo biologista austríaco Karl Landsteiner em 1901, devido aos antígenos (moléculas) de superfície encontrados na membrana de hemácias. Estes antígenos, que são produzidos regularmente a partir dos 6 meses de vida, são capazes de disparar uma resposta imune, sendo assim importante nas transfusões de sangue. Em síntese, a pessoa com sangue do grupo A, produz anticorpos contra o sangue com antígeno B (anti-B); o sangue do grupo B tem anticorpos anti-A; o grupo O tem anticorpos anti-A e B, mas é um doador universal,poque não traz antígenos de superfície, e a pessoa do grupo AB, não produz anticorpos contra nenhum tipo no sistema ABO, sendo o receptor universal. Segundo Gao Yingdai, pesquisador do Instituto de Hematologia e Doenças do Sangue de Tianjin (município ao norte da China) e não envolvido na pesquisa, o estudo do grupo de Wang, é promissor, mas os resultados são ainda preliminares e não revisados, e tem limitações, como o número de pacientes - embora Gao considere que 2.173 pessoas não é uma amostra pequena - ela se tornaria diminuta diante das 180.000 pessoas agora já infectadas. Outras limitações citadas se referem a variantes (temperatura, umidade local, memória genética, etc). Por distribuição étnica, os tipos de sangue A e O ocorrem em maiores proporções que o AB, e variam nas populações. Em Wuhan (aproximadamente 12 milhões de pessoas) cerca de 34% da população saudável é tipo A e 32%, tipo O. Portanto, vemos que já há um predomínio de pessoas tipo A (Seria isto uma variante favorável para a maior mortalidade de pessoas com sangue tipo A? (O estudo não discutiu). Dados de distribuição atualizados em 18/03/2020 (internet) mostram que nos Estados Unidos temos, 42% do tipo A para 44% do tipo O, a Itália tem 42% do tipo A e 46% tipo O, enquanto na Índia seria 21,37 % tipo A para 29,28% tipo O. No Brasil temos, 42% do tipo A para 45% do tipo O. Muito está sendo tentado para mitigar o SARS-CoV-2. Boa sorte aos pesquisadores e parabéns. (EM Correa-Gillieron).Imagens Wuhan,da internet.

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WUHAN O COMEÇO x  CARNAVAL

29/03/2020

Wuhan - Controle dos surtos. Brasil carnaval!
Meados de janeiro, em Wuhan, foram declarados bloqueios extremos na entrada e saída da cidade (todos as viagens de avião e trens foram suspensas, estradas foram bloqueadas) e aglomerações foram proibidas. Isso se estendeu para 15 outros locais da província de Hubei. Em 25 de janeiro (2 dias depois do bloqueio), segundo especialistas da Universidade de Oxford, Wuhan atingiu o pico de infectados por Covid-19 (sem contar os que não foram informados por serem casos leves, ou os que não foram anunciados, e os não testados).
Os primeiros modelos de propagação da doença (cada 1 pessoa contaminaria 2 outras) estimaram que 40% da população chinesa (500 milhões de pessoas) seria contaminada. O vírus Sars-CoV-2 se alastrou pelo globo deixando outros países ansiosos em saber se os bloqueios extremos feitos na China conseguiram manter a Covid-19 sob controle.
Pesquisadores avaliaram em conjunto, os efeitos da detecção precoce do vírus, o isolamento precoce e os bloqueios de viagens interurbanas no país. Dois meses após o bloqueio extremo citado, houve drástica redução dos casos na China, Já nos 7 primeiros dias (16 a 30 de janeiro) do bloqueio total, diminuiu o percentual de chineses infectados, minimizando o surto da doença, mas não por muito tempo, pois viagens a partir de cidades onde não houve bloqueios, semearam novos surtos. O impedimento de viagens se refletiu a nível internacional, impedindo que 4-5 casos fossem levados da China, para outros países, por cerca de 3 semana.
Outros países adotaram então as medidas chinesas de bloqueios. Mas, segundo epidemiologistas, a China demorou para agir e para informar sobre a nova doença que acontecia, um atraso que se refletiu no mundo todo.
Lai Shengjie e Andrew Tatem, pesquisadores da Universidade de Southampton, Reino Unido, estimaram, por modelos de simulação, que se a China tivesse aplicado as medidas de controle mais cedo, teria evitado 67% dos casos, enquanto, a aplicação das medidas 3 semanas antes, a partir do começo de janeiro, teria reduzido em 5% o total de casos. Em 256 cidades chinesas que pararam o transporte público, fecharam locais de diversão e impediram aglomerações, antes dos primeiros sinais de Covid-19, houve redução de 37% dos casos, em relação as que não fizeram.
As notícias da Covid-19 já estavam chegando ao Brasil antes do carnaval, que começou em 21 e foi até 25 de fevereiro! Muitas pessoas saíram e muitas pessoas entraram no nosso país, livremente!
Um bloqueio mesmo que de 90% das viagens na China, segundo as simulações, reduzia apenas moderadamente o espalhamento do vírus , e se não fossem tomadas outras medida, os casos na China teriam chegado a quase 8 milhões de casos no final de fevereiro.
Lamentavelmente, em 27 de março, a RTP-Pequim relatou 55 novos casos de Covid-19 na China, todos oriundos de pessoas que chegaram do exterior, pois o país permitiu a entrada de residentes e outros que retornavam a China, e esta passou a adotar quarentena de 14 dias, para os chegavam, e a suspensão temporária (decidido em dia 25 de março) da entrada de estrangeiros no país, mesmo os com visto ou autorização de residência, como medida de prevenção para novos surtos.
O vírus no Brasil devia estar circulando bem antes do carnaval, quando as pessoas estavam chegando e se aglomerando em eventos carnavalescos antecipados, como se as notícias da pandemia fossem apenas ruídos muito distantes de nós, e ofuscados pelas marchinhas, pelas programações de eventos, e omitidos pelas coberturas midiáticas da grande festa! (EM Correa-Gillieron,29/20).
Fontes: Nature,26/03/2020; RTP-Pequim/março,2020

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SISTEMA DIGESTÓRIO E COVID 19

27/03/2020

A mucosa dos nossos intestinos aloja uma coleção de células imunes do corpo, que estão em atividade contínua e silenciosa, na saúde e na doença. Diante da Covid-19, um recente estudo chinês, transversal (ou seja, uma pesquisa observacional de dados colhidos ao longo de um tempo) e multicêntrico (tipo de estudos que seguem um protocolo único),usou dados colhidos no grave período da pandemia na China (18 de janeiro a 28 de fevereiro/2020) de pacientes internados em 3 hospitais na pro-víncia de Hube. O estudo avaliou 107 homens e 97 mulheres, média de idade 52 anos, num total de 204 pacientes com Covid-19. Dos 204 pacientes: a)105 não tinham sintomas digestivos, mas neste número 85 tinham sintomas respiratórios, e 20 ainda não mostravam nenhum sintomas até a data da escrita do artigo; b) dos 204 pacientes, 70 estavam graves, e, 99 (cerca de 48%) tinham sintomas como falta de apetite (81%), diarreia (35%), vômitos (4%), dor de estomago (2%) e náuseas; c) Entre os 99 doentes, 92 tinham sintomas respiratórios, e 7 tinham apenas sintomas digestivos.
O estudo considerou tudo o que se sabe sobre sistema imune intestinal, as possibilidades do próprio vírus estar causando alterações intestinais, capazes de provocar sintomas digestivos, além da existência da conhecida relação entre doenças respiratória e intestinais (inclusive na Covid-19, pacientes com pneumonia sempre tinham sintomas digestivos, que pioravam com a doença), mas mesmo assim, e apesar do estudo apresentar limitações, os pesquisadores alertaram para que os médicos aumentassem seus índices de suspeita quando observassem doentes expostos ao vírus e sem sintomas respiratórios, mas que apresentassem sintomas digestivos, pois isto já poderia ser um indicativo da Covid-19. Assim, sem dúvida, todo o processo de exames, o isolamento, e o tipo de tratamento poderiam ser adiantados com esta consideração. (EM Correa-Gillieron,março 2020).Fonte: Clinical characteristics of COVID-19 patients with digestive symptoms in Hubei, China: a descriptive, cross-sectional, multicenter study. Pan et al.).

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HIDROXICLOROQUINA, SIM OU NÃO?

06/04/2020

Toda a estratégia de tratamento deve ser testada e usada numa pandemia. E você o que acha?
O Quinino foi usado em malária, sendo seu emprego abandonado quando se iniciou o uso da cloroquina. O quinino foi novamente usado no Brasil, quando se viu a resistência do Plasmodium falciparum (causador da malária) à cloroquina, nos anos 80. A associação de quinino e tetraciclina foi testada em pacientes em 1997, para malária falcípara resistente, e teve bons resultados. Hidroxicloroquina (HCQ) é um fármaco usado na prevenção e tratamento de malária sensível à cloroquina. Um estudo chines feito em março de 2020, mostrou um bom prognóstico do tratamento com HCQ (400 mg/ 5 dias + o tratamento convencional) em 30 pacientes. O grupo controle só recebeu o tratamento convencional. Porém o pequeno tamanho da amostra, segundo os pesquisadores, requer maiores e melhores dados para adequada comprovação do beneficio da HCQ. (EM Correa-Gillieron, 06/04/20).

Fontes consultadas: Imagens: internet; Artigos: Barata e cols., Rev. Soc. Bras.de Med. Trop. 19:135-137, 1986; Boulos e cols., Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.30 n.3 Uberaba May/June 1997 ; Song e cols., J. ZHEJIANG Univ.

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COVID 19 E O CÉREBRO!

18/04/2020

Recente estudo relatado na Science (17/04/2020) comentou a agressividade com a qual o SARS-Cov-2 ataca o organismo. O estudo mostra a ação do vírus nos pulmões, e em outros órgãos, e destaca a presença de receptores de superfície tipo ACE2 (para a enzima conversora de angiotensina 2), em várias células, o que torna estes tecidos propícios a infecção. A presença de ACE2 é normal, e ajuda a regular a pressão arterial, porém o vírus usa este receptor para entrar na célula.
O vírus parece não poupar nada no organismo, nem o sistema nervoso (SN). A Science mostra que pacientes com Covid-19, além de níveis perigosamente baixos de oxigênio no sangue, perdem rápido a consciência, outros têm derrames, alguns relatam a perda de olfato, outros apresentam encefalite inflamatória cerebral, com convulsões, além de uma "tempestade simpática", ou seja, uma resposta imunológica muito grande no SN, uma versão cerebral da “tempestade de citocinas”. Citocinas são moléculas que guiam a resposta imune saudável, porém, quando há citocina além do necessário (tempestade de citocinas), as células imunológicas começam a atacar tecidos saudáveis. No caso do cérebro,há também a possibilidade de uma tempestade de citocinas causar inchaço cerebral e coagulação excessiva, levando a derrames. Como o vírus penetra no cérebro e como interage com receptores ACE2, não se sabe. Em 2003, o coronavírus envolvido na epidemia de síndrome respiratória aguda (SARS) foi capaz de atingir neurônios e causar encefalite. No Japão, um estudo (International Journal of Infectious Diseases) datado de 03 de abril do corrente, observou vestígios do SARS-Cov-2 no líquido cefalorraquidiano de pacientes que desenvolveram encefalite e meningite.
Estudar o ataque cerebral do vírus na Covid-19 é outro grande desafio! Porém, transportar pacientes para exames traz o risco de espalhar o vírus, assim, muitos exames são feitos pós-morte. A neurologista Sherry Chou, do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, supõe uma possível rota de invasão do SARS-Cov-2 no cérebro através do nariz , indo até o bulbo olfatório, o que favoreceria a perda de olfato, e deste ponto, chegaria ao cérebro. Uma possibilidade.
Seja qual for o caminho, um ataque viral ao cérebro é preocupante. O cérebro é um órgão nobre, protegido pela barreira hematoencefálica (entre o sangue e o tecido nervoso) exercida pelo endotélio do vaso sanguíneo cerebral, que seleciona o que pode entrar e sair do tecido nervoso. Isto nos faz pensar em uma disfunção endotelial, que impede a capacidade de seleção das células do capilar cerebral, a sua permeabilidade seletiva. Algo que talvez ocorra,entre outras possibilidades, devido a ligação do vírus aos receptores ACE2, presentes nas células endoteliais. (Correa-Gillieron, EM.) Imagem modificada da internet.

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VIRUS X BARREIRAS CEREBRAIS

30/06/2020

Os vírus são imprevisíveis, e dependem de nossa imunidade. O Zika vírus (ZV)com seu lado negro causando microcefalia e complicações neurológicas, mostrou um lado positivo quando foi capaz de destruir tumores cerebrais de difícil tratamento, como falamos em outra postagem. Esta dualidade do Zika desperta questões: como o vírus supera as barreiras cerebrais que existem para impedir que patógenos entrem no cérebro? Este órgão é bem protegido por duas potentes barreiras: A hematoencefálica (BHE) que depende das células endoteliais da parede do capilar cerebral (Fig. 1) que impedem, através de junções que as unem fortemente, que as coisas no sangue invadam o tecido cerebral. Só deverá entrar o que o cérebro necessita e a célula endotelial seleciona. A outra barreira está no epitélio do plexo coroide (PC) (Fig 2) estrutura que se projeta para os ventrículos (cavidades) cerebrais e produz o fluido cérebro-espinal (FCE ou líquor) para os ventrículos. O PC tem capilares no seu estroma (tecido conjuntivo) (Fig.3) mas este não tem junções entre as células endoteliais, portanto, não tem BHE. Porém, o PC tem um epitélio com células fortemente unidas por junções (Fig. 3) e isto atua como uma barreira entre o sangue dos capilares e o líquor - a barreira hemato-liquórica (BHL), selecionando o que sairá do PC para o FCE. Adjacente as células endoteliais dos capilares existem pericítos (Fig. 4) que envolvem o vaso dando sustentação, e, estudos experimentais mostraram que o Zika vírus infectava os pericítos, depois aparecia no líquor, e mais tarde aparecia no tecido cerebral. Isto levou os cientistas a supor que o Zika, de forma ainda pouco clara, entra no nobre tecido cerebral rompendo a integridade da BHL. Pacientes com SARS-CoV-2 em estado mais grave, parecem ter maior suscetibilidade de desenvolver doenças cerebrovasculares. Ops! o corona vírus entra no cérebro? Isto será discutido no POST-IT 2. Não percam!

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GENOMA DO SARS-COV2

10/07/2020

O genoma completo do SARS-CoV-2 (de Wuhan) foi submetido ao Centro Nacional de Informação em Biotecnologia (NCBI) em janeiro de 2020. O vírus foi interpretado como semelhante ao coronavirus relatado em morcegos na China. A pandemia Covid-19 então cresceu. Variados sintomas foram descritos. Casos mais recentes relatados, em idosos com Covid19 grave, mostraram maior suscetibilidade destes, para desenvolver doenças cerebrovasculares, com a oclusão de grandes vasos, e comprometimento de múltiplas áreas cerebrais. Em geral, pacientes com Covid-19 e casos de AVC (acidente vascular cerebral) já apresentavam outros fatores de risco, (hipertensão, tabagismo, diabetes mellitus etc.). Mas, dados recentes mostraram um total de seis casos de AVC em pacientes com SARS-CO-2, e com menos de 50 (33- 49) anos. Outros, relataram pacientes sem história anterior, mas com AVC e idade inferior a 60 anos. As manifestações neurológicas encontradas em casos de Covid-19 podem ser divididas em 3 categorias: Manifestações no sistema nervoso central (tonturas, comprometimento da consciência, dor de cabeça, doença cerebrovascular aguda, ataxia e convulsão), manifestações no sistema nervoso periférico (paladar e olfato comprometidos, dor de origem nervosa e deficiência visual) e manifestações da musculatura esquelética (dor).
No caso de comprometimento da consciência, há sonolência, confusão mental, delírios, estupor e até coma. Os estudos em desenvolvimento apontam para a hipótese do novo coronavírus como agente neuro-invasivo, sendo capaz de afetar o sistema nervoso central e periférico. A grande preocupação está justamente no fato de muitos recuperados da Covid-19 poderem apresentar, no futuro, déficits cognitivos devido as manifestações neurológicas. Uma preocupação a ser considerada, mas, não uma afirmação. EM.Correa-Gillieron, Fontes; https://doi.org/10.1590/0004-282x20200051. Munhoz e cols, 2020, Ling , M et al., 2020 doi:10.1001/2020

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MORCEGOS E A COVID

12/05/2020

Na pandemia do Covid 19, os morcegos foram citados como possivelmente envolvidos na transmissão do SARs-Cov-2. Chamam-se Zoonoses as doenças capazes de serem naturalmente transmitidas entre animais e seres humanos. São diversos os microrganismos causadores de zoonoses (Ex: bactérias, vírus, fungos, helmintos e bactérias do gênero Rickettsia que parasitam carrapatos e piolhos). As zoonoses virais são doenças de grande importância pois causam consequências devastadoras em populações humanas (ex: Ebola e o HIV). Os vírus envolvidos apresentam somente um tipo de material genético, o ácido ribonucléico (RNA) ou o ácido desoxirribonucléico (DNA). O SARS-Cov-2 é um vírus de RNA. Os morcegos são os únicos mamíferos voadores (essenciais para a polinização de frutas) que possuem um sistema imunológico diferente, capaz de permitir a coexistência com vírus causadores de diferentes doenças.Os morcegos são reservatório natural (ou seja hospedam o vírus sem sofrer a doença) dos vírus Marburg, que causa a febre hemorrágica, dos vírus Nipah e Hendra, capazes de causar encefalites e síndromes respiratórias agudas, e, suspeita-se, que também do vírus Ebola. Acredita-se que as adaptações evolutivas desses animais para o vôo, mudaram seu sistema imunológico, tornando-os capazes de sobreviver a muitos vírus. O riso de uma transmissão de vírus (spillover), numa zoonose viral, quando um hospedeiro com grande quantidade de vírus entra em contato com uma nova população hospedeira, vai depender da espécie hospedeira, e claro, da oportunidade de contato com o hospedeiro humano ou outro intermediário. Um recente estudo publicado na revista Current Biology, relatou em morcegos do gênero Rhinolophus, um vírus com características semelhantes ao Sars-Cov-2, inclusive com um mecanismo de inserção nas células muito semelhante ao Sars-Cov-2. Este novo vírus foi denominado RmYN02, e este possui as proteínas S1 e S2, responsáveis pela inserção nas células humanas, além de ter 93,3% de seu genoma semelhante ao Sars-Cov-2. Isto não significa,necessariamente, que esses vírus sejam parentes diretos, mas reafirmam a possibilidade dos morcegos serem reservatórios naturais do coronavirus. (EM Correa-Gillieron, 12/05/20). Fontes: Zhou e cols. A novel bat coronavirus closely related to SARS-CoV-2 contains natural insertions at the S1/S2 cleavage site of the spike protein, Current Biology, 2020. Foto: page SaPO Lifestyle.

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A COR DA PELE NO COVID?

23/05/2020

A busca para esclarecer o máximo sobre os SARS-Covid-2 não para. Entre várias perguntas esta: O que acontece nos pulmões? Para ocorrer as trocas gasosas o sangue com o oxigênio precisa chegar aos alvéolos pulmonares. Se o nível de oxigênio (O2) é baixo, as células do corpo têm dificuldades de trabalhar. No paciente com Covid-19, o nível de saturação arterial de O2 (o quanto de O2 o sangue está transportando) pode ser tão baixo quanto 50% (o normal seria 95-100%). Ou seja, há uma condição de hipóxia, onde há baixa disponibilidade de oxigênio para um órgão, o que gera rapidamente, sofrimento agudo e morte do tecido não oxigenado. Como o vídeo postado antes informou, os 50 pacientes autopsiados morreram não do vírus, mas de tromboembolismo pulmonar (TEP). Em síntese, um êmbolo (coágulo sanguíneo, trombo) obstrui o fluxo sanguíneo causando a morte de alguma porção de tecido pulmonar (denominado infarto pulmonar). Se o êmbolo for grande,pode obstruir todo ou quase todo o sangue que flui do coração para os pulmões, gerando hipotensão arterial, baixos níveis de oxigênio e morte rápida. A TEP, causa falta de ar, dificuldade para respirar, dor no tórax, tosse seca ou com sangue, sensação de ansiedade,febre e palpitações. Interessante é que, em casos de tromboses venosas profundas, por exemplo na perna, algumas hemácias podem escapar da veia acometida para a pele e mudar sua tonalidade para castanho, no local. Curiosamente, em janeiro, dois médicos (Y. Fan e H.Weifeng) (42 anos), do Hospital Central de Wuhan, foram contaminados pelo SARS-Cov-2, e apresentaram uma cor anormal da pele, que mudou para acastanhada (ver foto). Foi sugerido que isso ocorreu ou devido a desequilíbrios hormonais por lesão no fígado, ou, devido a um tipo de medicamento que eles receberam no início do tratamento. Resta esclarecer o fato, que é visível como mostra a foto dos médicos, mas nada mais foi dito sobre isso! EMCorrea-Gillieron, 23/maio/20. Foto: Reprodução/Beiijing TV Station, 

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MÁSCARAS, OS DOIS LADOS DA MOEDA!

01/04/2020

Estão sendo usadas em todos os países asiáticos! Em nossas postagens, desde fevereiro, reiteramos a importância do uso de máscaras, pois barreiras são para impedir entradas e saídas de partículas respiradas. As máscaras não curam mas protegem! Entenda por que dizíamos isto:

1) Sob o ponto de vista de uma pandemia, qualquer pessoa é uma vítima em potencial. Alguns são, visivelmente doentes, enquanto outros parecem não estar doentes, mas estão.
2) Existem na Biologia, uma diferenciação entre gotículas que podem ser expelidas durante a fala, a tosse ou espirro. Estas gotículas são divididas em:

a) AEROSOL - Partículas (gotículas) menores que 10 µm (ver Tabela).Partículas de 0,2 a 1 µm, são bem pequenas e chegam aos alvéolos pulmonares. Partículas de aerosol, podem ter grande quantidade de vírus. Estas partículas após serem expelidas, podem flutuar por algum tempo no ar e se espalhar pelo ambiente. Espirrar ou tossir pode lançar gotículas como projéteis que podem atingir distâncias até maiores que 2 m.

b) SPRAY - Partícula (gotículas) maiores que 10 µm (10-100 µm). Estas podem ficar retidas no nariz e nas vias respiratórias. Elas não flutuam como as do aerosol, podendo se depositar no chão ou objeto ao redor da pessoa.
Máscaras cirúrgicas bloqueiam estas partículas.

A publicação de um comentário recente (30/03/2020) (feito por Kazuhiro Tateda - Associação Japonesa de Doenças Infecciosas) mostrou que uma pessoa tossindo em um ambiente fechado pode expelir 100.000 gotículas em poucos segundos (análise do movimento de partículas por laser). As gotículas maiores caiam em 20-30 segundos, próximo a pessoa, enquanto as menores (0,1 µm) permaneciam no ar flutuando, possivelmente espalhando o vírus, e colocando pessoas do ambiente vulneráveis a infecção. Tateda sugere que uma boa ventilação (janelas abertas de um lado e de outro) podem remover rapidamente do ambiente estas partículas pequenas.

Sem entrar no mecanismo biológico de entrada do SARS-Cov-2, principalmente pelo nariz (traremos em outra postagem), vamos considerar fatos como, não se sabe ainda qual a carga viral mínima para uma iniciar a Covid-19. Este dado se conhecido, auxiliará muito na escolha do tipo de barreira filtradora (máscara) mais adequada para a proteção pessoal.
A maioria das partículas (bioaerosol) que contêm vírus têm um diâmetro entre 0.01μm ou são pouco maior do que 0,3μm (10-300 nm). As máscaras N95,99 e 100 filtram diversos tipos de bioaerosol, sendo bem seguras. No caso da máscara cirúrgica, o princípio primário foi outro, o de proteger o paciente de microrganismos exalados pelo atendente deste paciente.
Estas máscaras não são para “selar” o rosto, e o desempenho de filtração, obviamente, não satisfaz todas as normas dos testes de eficiência de filtração do Instituto Nacional para Saúde e Segurança Ocupacional (NIOSH). No entanto, qualquer tipo de filtração é melhor que nenhuma!

As máscaras cirúrgicas (barreiras mecânicas) colocadas em duas pessoas que estão conversando,por exemplo, em associação com a manutenção de uma certa distância entre as pessoas (espaço de segurança), são medidas simples que podem mitigar o espalhamento viral, e dificultar a inalação de bioaerosol. Os cuidados de lavar as mãos e higienizar com álcool gel, também devem ser usados antes de colocar e ao tirar a máscara (sempre pelo elástico nas orelhas). A parte da frente da máscara não deve ser tocada. Se o toque acontecer inadvertidamente, higienize as mãos. Não usar a máscara quando úmida, não reutilizar máscaras, e o tempo de uso pode ser de 2h. Descarte a máscara em saco bem fechado antes de colocar no lixo.(EM Correa-Gillieron,01/04/2020) Fontes consultadas: Nicas e cols.2005, Sand e cols.,2007; Bar-On e cols., 2020 (eLife);Headlines,march,30,2020.

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FASES DAS VACINAS

23/07/2020

Fazer vacinas é um processo trabalhoso e lento. Requer dedicação para cada fase. O trabalho é dividido em fases: A Fase pré-clínica, são vistas estratégias para definir aquelas onde a vacina seria mais eficaz. Para tal, são feitos testes em laboratórios usando células (in vitro). Não são usados animais vivo nesta fase, no início. Se os testes mostrarem alguma eficácia, já é possível dar continuidade, para testes e análises em seres vivos, em geral são animais (camundongos e macacos) que podem reagir do mesmo modo que os humanos, mostrando alguma garantia da eficácia da vacina e segurança para outras fases. A fase pré-clínica é muito longa (até anos) mas, numa pandemia como a Covid-19, é preciso encurtar este tempo. Como algumas pesquisas já estavam em andamento para outros coronavirus (causadores de Sars e Mers) foi possível aos laboratórios usarem estes dados de segurança e eficácia, e assim avançar para a Fase 1, de desenvolvimento de vacina. Seriam os primeiros testes em humanos. Mas, como não há não cem por cento de garantia que a vacina não causa nenhuma reação nos humanos, o teste é feito em um número pequeno de pessoas, que varia conforme o laboratório de pesquisa (ex; grupo de 50 pessoas). A intenção é neutralizar o vírus sem ter danos para o vacinado. Nesta fase são avaliados todos os possíveis efeitos colaterais e diferentes dosagens. É preciso ter equilíbrio, eficácia da vacina e o menor risco. Na fase 2, a questão principal é saber se a vacina produz a resposta esperada, quais as dosagens eficazes, e os efeitos colaterais obtidos. Na fase 2 já é possível testar um grupo maior de pessoas (ex. centenas).É nesta fase que ocorre avaliação comparativa, entre o grupo vacinado e o grupo controle, que recebe placebo (uma substancia inerte, sem ação farmacológica).Com informações mais claras sobre a eficácia da vacina, a dose adequada e determinação de quaisquer efeitos colaterais, é possível seguir para a fase 3, onde milhares de pessoas são vacinadas. Esta fase é como fazer testes no mundo real, onde os vacinados irão se expor normalmente ao vírus, e assim, será possível determinar se há uma proteção real, dada pela vacina criada. Nesta fase 3 os resultados dos dois grupos (controle e vacinados) são comparados, sendo possível determinar com clareza se a vacina está imunizando as pessoas. Porém, os envolvidos no teste (vacinados ou com placebo) e mesmo os cientistas, não ficam sabendo claramente quem tomou a vacina ou o placebo, para evitar reações que possam interferir nos reais resultados. A isto é que se chama estudo duplo-cego. A etapa 3 também é longa em situações normais, já que a exposição ao vírus deve ser natural (não se pode infectar uma pessoa para testar a imunidade), e, para diminuir o tempo, os testes de fase 3, em geral, devem ocorrer com pessoas que estejam em uma área de grande risco de contagio. O Brasil foi visto como um bom local para testar a vacina contra Covid19. Nos testes na fase 3, é viável que testes sejam feitos em pessoas que correm grandes riscos de contágio, como é o caso dos profissionais de saúde em contato direto, no caso com a Covid-19. Se os resultados da fase 3 forem totalmente positivos, e os vacinados ficarem imunes ao vírus, é possível a distribuição da vacina para toda a população. (by EM Correa-Gillieron)(Fontes: Instituto Butantan/Saúde-Veja)

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VACINAS EM TESTE X FASES

29/07/2020

Cerca de 30 candidatas a vacina iniciaram testes clínicos. Menos de 10 estão na fase 3, isto é, estão a um passo da aprovação se forem seguras e eficazes.
✡ A vacina da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca:
1️⃣ A vacina (ChAdOx1) mais avançada, foi testada em 1.077 voluntários, a empresa já divulgou os resultados da fase 2: Eficácia para uma resposta imune. Todos os testados desenvolveram anticorpos e glóbulos brancos contra o coronavírus;
2️⃣ ChAdOx1 gerou pico de linfócitos T (glóbulo branco de defesa contra antígenos) 14 dias após vacina, e pico de anticorpos após 28 dias. Não ficou claro se haveria imunidade a longo prazo. Os efeitos colaterais em 70% dos voluntários foram febre ou dor de cabeça. Após a segunda dose da ChAdOx1, os efeitos colaterais foram insignificantes;
3️⃣ A fase 3 da ChAdOx1 envolve 2.000 voluntários brasileiros da área de saúde, que serão acompanhadas por 01 ano. Às pesquisas irão também ocorrer no Reino Unido e na África do Sul.
4️⃣Tecnologia inédita da vacina ChAdOx1: Para a vacina o vírus (adenovírus, causa resfriado comum em chimpanzés) foi alterado geneticamente para não crescer em humanos. O vírus enfraquecido recebeu ainda um pedaço do material genético (RNA) do coronavírus, que conduz a produção da proteína Spike, usada para entrada do Sars-CoV-2 na célula, planejando assim o desenvolvimento de resposta imune à proteína, sem o contato direto com o vírus.

♊ A Vacina Chinesa Sinovac (CoronaVac ou PiCoVacc ) 1️⃣ A empresa já divulgou resultados positivos da fase 2, em junho, testada em 600 participantes.
2️⃣ Dados ainda não publicados em artigo científico, apontam ausência de efeitos colaterais e que 90% dos macacos testados desenvolveram a resposta imune esperada.
3️⃣ Tecnologia da vacina: Ao contrário da vacina de Oxford, a Sinovac utiliza o vírus Sars-CoV-2 inativado (cepa CZ02) cultivada em células Vero (um tipo de célula de rim de macaco), para treinar o sistema imunológico, uma tecnologia conhecida no desenvolvimento de vacinas.
4️⃣ A vacina será testada internacionalmente, tendo acordo entre Sinovac e Instituto Butantã, Brasil, São Paulo, para testar a vacina em seis estados ( São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná) e caso ela se mostre eficaz e segura, começará a ser produzida e, posteriormente , será para fornecimento gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde).Previsão de uso de 2 doses.
5️⃣ Na Fase III de desenvolvimento da vacina, quase 10 mil voluntários no Brasil devem participar do experimento, liberado pela Anvisa em 3 de julho.
Novas noticias de vacinas no POST 6. (EM Correa-Gillieron, 29/7/20).
🌐Fontes: BBC/Brasil;Inst.Butantan, outros; Images: internet/gratuita e Image coronavirus MET credit: The University of Hong Kong/University of California San Francisco

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OUTRAS VACINAS EM TESTE

03/08/2020

 Outras vacinas chinesas em teste para o vírus SARS-COV-2 são a vacina da Sinopharm, que está mais avançada, e a vacina (Ad5-nCoV) da CanSino Biologics e Beijing Institute of Biotechnology (Inst. Militar de Beijing, China).
1️⃣A vacina da Sinopharm se mostrou segura nas fases preliminares de testes, sendo capaz de induzir resposta imune. Foram feitas duas aplicações em diferentes doses e após 28 dias da primeira aplicação, todos os vacinados tinham os anticorpos;2️⃣ A pesquisa já entrou na fase 3 de testes nos Emirados Árabes, com 15 mil voluntários. A empresa quer enviar em 15 dias, pedido à Anvisa, para a realização de testes em profissionais da saúde no Estado do Paraná, e, os testes devem durar de três a quatro meses; 3️⃣A Sinopharm , a semelhança da vacina da Sinovac, usa vírus (adenovírus) atenuado e modificado. No entanto, os dados não foram publicados em formato de artigo científico. 4️⃣ A vacina CanSino, ainda não entrou na fase 3 de testes, e teve resultados positivos na fase 2 ((publicados na The Lancet). Em junho, militares chineses foram autorizados a testar a vacina em 500 pessoas da cidade de Wuhan (de 18 a 60 anos). Ocorreram alguns efeitos colaterais nos participantes, como febre, fadiga e dores musculares que cediam em 48 h 5️⃣ A CanSino tem uma proposta similar à de Oxford, utilizando um adenovírus atenuado e que carrega material genético do Sars-Cov-2, assim, o corpo pode desenvolver resposta contra uma infecção real, mas, os voluntários testados ainda não foram expostos ao vírus Sars-Cov-2. Apesar das notícias, e acordos, podem ocorrer atrasos nestas vacinas! Outras vacinas estão avançando para a fase 3, mas ainda não estão lá, vejam no nosso POST IT 7(EM Correa Gillieron, 2020) 🌐 Fonte: Live Science,The Lancet/junho.

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